Páginas

Mostrando postagens com marcador felicidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador felicidade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, agosto 05, 2010

A tal da Felicidade...

Desde que me entendo por gente, tenho umas crises de identidade. As vezes não sei quem sou, pra onde vou e nem por que estou indo. É como se eu experimentasse algumas horas de catarse, de purificação. Algo nesse sentido e que acabo não chegando a lugar algum.

Um dia desses, em um desses meus momentos, resolvi pensar sobre a felicidade. Há quem diga que a felicidade é um sentimento, pois eu discordo.

Ninguém é feliz ou infeliz o tempo todo. Felicidade pra mim é mais um estado de espirito; algo momentâneo, de curta duração e com prazo de validade. Alguma coisa que voce queria muito acontece, e consequentemente, voce se sente bem. Isso é ‘estar’ feliz e não ‘ser’ feliz.
É algo tão abstrato que muitas vezes nada acontece, mas eu me sinto bem. Eu acordo de manha, tomo banho e no caminho pro trabalho percebo que estou bem, tranquilo, feliz. Percebe quando eu digo que se trata de um estado de espirito?! Pois é.

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

Sabe aquela metafora sobre a felicidade ser igual a uma borboleta? Apesar de não gostar dessa metafora, ela ilustra bem meu ponto de vista. A felicidade é algo simples, que transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Obs: Meus agradecimentos a jornalista Martha Medeiros, cujas palavras me serviram de inspiração na elaboração deste texto.