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quarta-feira, setembro 15, 2010

Aime-Moi!

Melancolia.
Frieza.
Silêncio.
Amor.

Ah, o amor... ainda existe algo a ser dito sobre o amor? Afinal, ainda existe algo (novo) a ser dito sobre alguma coisa no mundo? A vida me parece uma eterna parafráse. Os nossos enunciados são sempre uma resposta aos enunciados anteriores, que também são respostas a enunciados anteriores e por aí vaí, nesse infinito ciclo in reverse. As palavras não pertecem a ninguém, mas nada me impede de usa-lás e empregna-lás com meu modo de ver e sentir o mundo. Sentir. Sentidos. Sentimentos.

E é de sentimentos que aqui se trata. Mesmo correndo o risco de ser tachado como meloso, dramático. Sentimentos tão universais que o contexto pouco importa. Onde a vida mais parece um campo de batalha, onde tudo que importa é a forma que se sente, o porque e por quem... e claro, como faz com que o outro sinta também. A maior escola que alguém pode cursar é um relacionamento, a união entre duas pessoas que se amam, se odeiam, se divertem, se amparam, o convivio diário, cheio de diferenças e divergências.

O que nos atrai em outra pessoa?
Um dos motivos é certamente a forma como essa pessoa nos ama, nos sente e nos faz sentir. E demonstra, retribui, reflete. Não é a falta de amor que corrói as relações, muito menos o tédio, mas sim a inquietação e a (pseudo) (in) satisfação. Esse bichinho que nos leva a procurar novas sensações, emoções e experiencias, fazendo-os menosprezar muitas vezes o que nos rodeia. E é aí que mora o perigo, pois é grande a possibilidade que se bote tua a perder, a troco de nada.

"Aime-moi moins, mais aime-moi longtemps"

Talvez seja esse o segredo para relações duradouras. Ninguém ama sempre a cem por cento. O amor é feito de umas vezes mais, e outras vezes menos e não há de se sentir culpado pelas vezes em que se ama menos, até mesmo porque não deixa de ser amor, não deixa de ser verdadeiro e sincero. É a mesma vontade de querer bem, estar perto, dividir... qualqer fgorma de amor é válida.

E realmente,
melhor amar menos mas amar por mais tempo.

quinta-feira, agosto 05, 2010

A tal da Felicidade...

Desde que me entendo por gente, tenho umas crises de identidade. As vezes não sei quem sou, pra onde vou e nem por que estou indo. É como se eu experimentasse algumas horas de catarse, de purificação. Algo nesse sentido e que acabo não chegando a lugar algum.

Um dia desses, em um desses meus momentos, resolvi pensar sobre a felicidade. Há quem diga que a felicidade é um sentimento, pois eu discordo.

Ninguém é feliz ou infeliz o tempo todo. Felicidade pra mim é mais um estado de espirito; algo momentâneo, de curta duração e com prazo de validade. Alguma coisa que voce queria muito acontece, e consequentemente, voce se sente bem. Isso é ‘estar’ feliz e não ‘ser’ feliz.
É algo tão abstrato que muitas vezes nada acontece, mas eu me sinto bem. Eu acordo de manha, tomo banho e no caminho pro trabalho percebo que estou bem, tranquilo, feliz. Percebe quando eu digo que se trata de um estado de espirito?! Pois é.

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

Sabe aquela metafora sobre a felicidade ser igual a uma borboleta? Apesar de não gostar dessa metafora, ela ilustra bem meu ponto de vista. A felicidade é algo simples, que transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Obs: Meus agradecimentos a jornalista Martha Medeiros, cujas palavras me serviram de inspiração na elaboração deste texto.