Desde que me entendo por gente, tenho umas crises de identidade. As vezes não sei quem sou, pra onde vou e nem por que estou indo. É como se eu experimentasse algumas horas de catarse, de purificação. Algo nesse sentido e que acabo não chegando a lugar algum.
Um dia desses, em um desses meus momentos, resolvi pensar sobre a felicidade. Há quem diga que a felicidade é um sentimento, pois eu discordo.
Ninguém é feliz ou infeliz o tempo todo. Felicidade pra mim é mais um estado de espirito; algo momentâneo, de curta duração e com prazo de validade. Alguma coisa que voce queria muito acontece, e consequentemente, voce se sente bem. Isso é ‘estar’ feliz e não ‘ser’ feliz.
É algo tão abstrato que muitas vezes nada acontece, mas eu me sinto bem. Eu acordo de manha, tomo banho e no caminho pro trabalho percebo que estou bem, tranquilo, feliz. Percebe quando eu digo que se trata de um estado de espirito?! Pois é.
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
Sabe aquela metafora sobre a felicidade ser igual a uma borboleta? Apesar de não gostar dessa metafora, ela ilustra bem meu ponto de vista. A felicidade é algo simples, que transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
Obs: Meus agradecimentos a jornalista Martha Medeiros, cujas palavras me serviram de inspiração na elaboração deste texto.
Tem uma frase budista, mais ou menos assim: "O sofrimento é o único dom do qual a vida se encarrega. Então, se a felicidade vier, saiba que ela é um dom precioso, mas que só é nosso por um breve momento..."
ResponderExcluirAdorei o texto :P
gostei da parte do 'sexo selvagem'
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirah, essa nuance entre ser e estar é absolutamente fascinante não é mesmo? "queremos AMOR, todinho maiúsculo." e o SEXO também em másculo néh? digo, maiúsculo...
ResponderExcluirSempre surpreendente seu lindo!
olha, que fofo que você recomenda meu blog! gostei desse seu texto sobre a felicidade também! onde achou meu blog? obrigado por adicionar, apesar de escrever tão pouco nos últimos meses. tô tentando terminar de escrever meu segundo livro (se é que um dia ele vai ser publicado né?) além das atividades profissionais correntes. enfim, obrigado. :)
ResponderExcluiraaaah! o Chuck Bass! :)
ResponderExcluirbienvenido, chico!